terça-feira, 11 de agosto de 2009

No Country For Old Men - alguns apontamentos


Revendo pela segunda vez o filme comecei a notar algumas coisas que havia deixado passar. Como, por exemplo, o quanto a Carla Jean é uma personagem, que de certa forma não se exaspera diante do que está a acontecer. Desde a primeira cena, da chegada do marido com a mala de dinheiro, até o seu encontro com o assassino, ela se mostra uma pessoa resignada.
Outra coisa é como o xerife (a pessoa ligada ao passado) e o assassino (a pessoa ligada ao futuro) nunca se encontram. O xerife está sempre tentando alcançar o assassino, embora esteja sempre muito distante dele. Isso, dentro de toda a simbologia que o filme carrega, faz todo o sentido. Até o momento em que o antigo xerife fala para o personagem de Tommy Lee Jones: "Você não pode impedir o que está vindo. É vaidade". O único elo de ligação entre os dois se materializa no homem comum (Llewelyn Moss).
A última é que a distração que quase mata o assassino são duas crianças andando de bicicleta. Ele se distrai, há ainda uma chance, embora siga o seu caminho. Talvez o filme não seja assim tão pessimista como eu pensava.

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